Dados alternativos em crédito: como sair do discurso e gerar resultado em risco. – SHARP55
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Crédito

Dados alternativos em crédito: como sair do discurso e gerar resultado em risco.

5 min. de leitura

Autor

Gabriel da Silva Jacques

CEO/CHRO da Ibratan

Dados alternativos em crédito: como sair do discurso e gerar resultado em risco.

“Dados alternativos” viraram prioridade em crédito e risco.
Ao mesmo tempo, muita operação ainda está presa no combo clássico: bureau, cadastro e histórico interno.

O desafio não é falta de dado.
É transformar novas fontes em decisão melhor, com governança e explicabilidade.

O que são, na prática, dados alternativos de crédito

Dados alternativos são informações relevantes para risco que não vêm de:

  • bureaus tradicionais;
  • ficha de proposta;
  • histórico interno da própria instituição.

Eles ajudam a enxergar:

  • quem ainda é “invisível” para o modelo tradicional;
  • mudanças recentes de comportamento que o bureau não capturou;
  • sinais de conduta que não aparecem no cadastro.

Para quem vende a prazo, isso significa reduzir “achismo” na ponta e tomar decisões mais consistentes em segmentos com pouco histórico formal.

Principais fontes de dados alternativos

Entre as fontes mais usadas hoje, destacam-se:

  • Dados transacionais:
    Uso de cartão, movimentação de conta, padrão de gastos e recebimentos.
    Entregam sinais de estabilidade, queda brusca de renda e mudanças de comportamento.
  • Contas recorrentes e serviços essenciais:
    Histórico de pagamento de energia, telecom, água, aluguel.
    Funcionam como “histórico de crédito” fora do bureau.
  • Jornada digital e comportamento online:
    Como o cliente navega, preenche dados, retorna ao site ou app.
    Ajuda a diferenciar fluxo legítimo de tentativa de fraude.
  • Dados de relacionamento e cobrança:
    Como responde a renegociação, prazos e contato.
    Mostram disposição de pagar, não só capacidade.
  • Dados de conduta jurídica e empresarial:
    Histórico processual, conflitos contratuais, comportamento com fornecedores.
    É aqui que a análise de conduta se torna dado alternativo de alto valor para B2B.

Por que combinar, não substituir

Na prática, o que a experiência de mercado mostra:

  • dados tradicionais ainda são o núcleo do modelo;
  • dados alternativos capturam parte do risco “invisível”;
  • o ganho real vem da combinação estruturada das duas camadas.

Ou seja, não faz sentido jogar fora score e cadastro.
O que faz sentido é enriquecer o modelo com fontes que enxergam conduta, contexto e mudanças recentes.

Cuidados ao usar dados alternativos em escala

Três pontos costumam travar projetos:

  • Qualidade de dados:
    Dados transacionais, de jornada e não estruturados exigem engenharia robusta. Se a base não é confiável, o modelo fica frágil.
  • Privacidade e regulatório:
    É preciso respeitar proteção de dados, não discriminação e capacidade de explicar critérios usados.
  • Explicabilidade:
    Modelos complexos precisam ser traduzidos em lógica clara para comitês, auditoria, regulador e para o próprio cliente.

Sem isso, dados alternativos viram piloto de inovação que não chega à esteira real de crédito.

Onde entra a conduta como dado alternativo

Boa parte da discussão sobre dados alternativos ainda é centrada em pessoa física e consumo.
No crédito para empresas e operações B2B, o maior ponto cego está na conduta.

Exemplos típicos:

  • empresas com histórico recorrente de ações de cobrança e disputas contratuais;
  • grupos que se reorganizam em novos CNPJs para repetir padrões de inadimplência;
  • sócios presentes em operações problemáticas em diferentes empresas.

Na visão tradicional, muitas dessas empresas aparecem “limpas” em bureau.
Na prática, carregam um histórico de conflito e risco relevante.

Quando a conduta jurídica, comportamental e relacional entra no modelo como dado alternativo, a decisão muda de patamar:

  • você antecipa risco antes da primeira parcela vencida;
  • diferencia atraso pontual de padrão de inadimplência e litígio;
  • expõe vínculos que explicam por que um CNPJ aparentemente saudável destrói margem ao longo do tempo.

Como o SHARP55 pode solucionar essa dor

O SHARP55 foi desenhado para colocar dados alternativos de conduta no centro da decisão de crédito, fraude e prevenção à lavagem de dinheiro.

Na prática, o SHARP55 permite que sua operação:

  • incorpore histórico jurídico e padrão de relacionamento como variável de risco;
  • identifique vínculos entre CNPJs, sócios e grupos econômicos com comportamento problemático;
  • some essa camada de conduta aos motores de crédito, antifraude e políticas comerciais;
  • reduza perdas em vendas a prazo sem precisar “fechar a porta” para bons clientes.

Para bancos, cooperativas, financeiras, varejistas e empresas B2B, isso se traduz em:

  • menos surpresas com clientes que tinham cadastro perfeito, mas histórico de conflito;
  • mais segurança para crescer carteira em segmentos com pouco histórico formal;
  • políticas mais cirúrgicas, que penalizam comportamento de risco, não o bom pagador.

Decida com base em evidência, não em suposição.

Dados alternativos não são um modismo de inovação.
São uma forma concreta de reduzir assimetria de informação e tomar decisões de crédito mais alinhadas à realidade de risco do cliente.

Quando você combina dados tradicionais com uma leitura profunda de conduta, sai do discurso genérico sobre “mais dados” e passa a enxergar o que realmente impacta inadimplência, fraude e margem.

Se a sua operação quer usar dados alternativos de forma responsável, explicável e orientada a resultado, o SHARP55 pode ser o próximo passo. Fale com nossos especialistas e veja, na prática, como a análise de conduta expõe riscos ocultos que o mercado ainda não enxerga.

Gabriel da Silva Jacques

CEO/CHRO da Ibratan

Auxilio empresas a tomarem decisões de risco há 14 anos e contribuo na construção de relacionamentos e produtos para potencializar os resultados dos seus clientes. 

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