“Dados alternativos” viraram prioridade em crédito e risco.
Ao mesmo tempo, muita operação ainda está presa no combo clássico: bureau, cadastro e histórico interno.
O desafio não é falta de dado.
É transformar novas fontes em decisão melhor, com governança e explicabilidade.
O que são, na prática, dados alternativos de crédito
Dados alternativos são informações relevantes para risco que não vêm de:
- bureaus tradicionais;
- ficha de proposta;
- histórico interno da própria instituição.
Eles ajudam a enxergar:
- quem ainda é “invisível” para o modelo tradicional;
- mudanças recentes de comportamento que o bureau não capturou;
- sinais de conduta que não aparecem no cadastro.
Para quem vende a prazo, isso significa reduzir “achismo” na ponta e tomar decisões mais consistentes em segmentos com pouco histórico formal.
Principais fontes de dados alternativos
Entre as fontes mais usadas hoje, destacam-se:
- Dados transacionais:
Uso de cartão, movimentação de conta, padrão de gastos e recebimentos.
Entregam sinais de estabilidade, queda brusca de renda e mudanças de comportamento. - Contas recorrentes e serviços essenciais:
Histórico de pagamento de energia, telecom, água, aluguel.
Funcionam como “histórico de crédito” fora do bureau. - Jornada digital e comportamento online:
Como o cliente navega, preenche dados, retorna ao site ou app.
Ajuda a diferenciar fluxo legítimo de tentativa de fraude. - Dados de relacionamento e cobrança:
Como responde a renegociação, prazos e contato.
Mostram disposição de pagar, não só capacidade. - Dados de conduta jurídica e empresarial:
Histórico processual, conflitos contratuais, comportamento com fornecedores.
É aqui que a análise de conduta se torna dado alternativo de alto valor para B2B.
Por que combinar, não substituir
Na prática, o que a experiência de mercado mostra:
- dados tradicionais ainda são o núcleo do modelo;
- dados alternativos capturam parte do risco “invisível”;
- o ganho real vem da combinação estruturada das duas camadas.
Ou seja, não faz sentido jogar fora score e cadastro.
O que faz sentido é enriquecer o modelo com fontes que enxergam conduta, contexto e mudanças recentes.
Cuidados ao usar dados alternativos em escala
Três pontos costumam travar projetos:
- Qualidade de dados:
Dados transacionais, de jornada e não estruturados exigem engenharia robusta. Se a base não é confiável, o modelo fica frágil. - Privacidade e regulatório:
É preciso respeitar proteção de dados, não discriminação e capacidade de explicar critérios usados. - Explicabilidade:
Modelos complexos precisam ser traduzidos em lógica clara para comitês, auditoria, regulador e para o próprio cliente.
Sem isso, dados alternativos viram piloto de inovação que não chega à esteira real de crédito.
Onde entra a conduta como dado alternativo
Boa parte da discussão sobre dados alternativos ainda é centrada em pessoa física e consumo.
No crédito para empresas e operações B2B, o maior ponto cego está na conduta.
Exemplos típicos:
- empresas com histórico recorrente de ações de cobrança e disputas contratuais;
- grupos que se reorganizam em novos CNPJs para repetir padrões de inadimplência;
- sócios presentes em operações problemáticas em diferentes empresas.
Na visão tradicional, muitas dessas empresas aparecem “limpas” em bureau.
Na prática, carregam um histórico de conflito e risco relevante.
Quando a conduta jurídica, comportamental e relacional entra no modelo como dado alternativo, a decisão muda de patamar:
- você antecipa risco antes da primeira parcela vencida;
- diferencia atraso pontual de padrão de inadimplência e litígio;
- expõe vínculos que explicam por que um CNPJ aparentemente saudável destrói margem ao longo do tempo.
Como o SHARP55 pode solucionar essa dor
O SHARP55 foi desenhado para colocar dados alternativos de conduta no centro da decisão de crédito, fraude e prevenção à lavagem de dinheiro.
Na prática, o SHARP55 permite que sua operação:
- incorpore histórico jurídico e padrão de relacionamento como variável de risco;
- identifique vínculos entre CNPJs, sócios e grupos econômicos com comportamento problemático;
- some essa camada de conduta aos motores de crédito, antifraude e políticas comerciais;
- reduza perdas em vendas a prazo sem precisar “fechar a porta” para bons clientes.
Para bancos, cooperativas, financeiras, varejistas e empresas B2B, isso se traduz em:
- menos surpresas com clientes que tinham cadastro perfeito, mas histórico de conflito;
- mais segurança para crescer carteira em segmentos com pouco histórico formal;
- políticas mais cirúrgicas, que penalizam comportamento de risco, não o bom pagador.
Decida com base em evidência, não em suposição.
Dados alternativos não são um modismo de inovação.
São uma forma concreta de reduzir assimetria de informação e tomar decisões de crédito mais alinhadas à realidade de risco do cliente.
Quando você combina dados tradicionais com uma leitura profunda de conduta, sai do discurso genérico sobre “mais dados” e passa a enxergar o que realmente impacta inadimplência, fraude e margem.
Se a sua operação quer usar dados alternativos de forma responsável, explicável e orientada a resultado, o SHARP55 pode ser o próximo passo. Fale com nossos especialistas e veja, na prática, como a análise de conduta expõe riscos ocultos que o mercado ainda não enxerga.